A mais velha profissão do mundo
Motivado pelo post do Xung sobre a forma cega e teimosa como se continua a não querer despenalizar o aborto (será que aquelas alminhas acham mesmo que não o despenalizando ele desaparece?), decidi abrir aqui outra discussão. A prostituição.
É como se sabe a mais velha prostituição do mundo. Não acabará enquanto existirem homens e mulheres. Não é sequer um crime exercê-la em Portugal (é apenas crime ser «chulo» ou «madame» de casa de meninas). Mas, se sabemos que ela existe na mesma, que ao abrigo da clandestinidade se junta à prostituição o tráfico de mulheres, se é um facto conhecido que a falta de higiene de muitos locais clandestinos é um excelente rastilho para a propagação de DST's, então porque não legalizar?
Enumeremos as vantagens: receita fiscal, controlo de doenças, aumento de higiene, controlo (com vista ao seu fim) do tráfico de mulheres enganadas e escravizadas, limpeza das ruas e, last but not least, dar um pouco de dignidade a quem quer ou prefere, fazer da venda do corpo o seu modo de vida.
Desvantagens: os senhores conservadores deixam de poder ir ás meninas às escondidas e a Igreja faria um chinfrim desgraçado.
Não pensem que com isto defendo que as pessoas se devam prostituir. Simplesmente, defendo as liberdades pessoais (as mesmas que defendo no aborto) e acho que lá por eu não gostar de sexo pago, não posso criticar quem se sente bem a usar o seu corpo dessa forma. Acima de tudo, não quero o estado a proibir as pessoas de darem quecas por dinheiro, porque sejamos sinceros, as prostitutas (e prostitutos), ao contrário de muitos dos políticos que as criticam, são pessoas honestas. Oferecem o seu corpo a troco de dinheiro, mas isso é no fundo o que qq trabalhador faz. Uns dão o cérebro outros a força dos braços, outros o sexo.
Seguir o exemplo da Holanda e deixarmo-nos de merdas e falsos pudores era bem mais útil à sociedade.