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Pano do Pó

Para tirar as coisas a limpo,
mesmo nos cantos mais difíceis.


2004-01-26


 

Já aconteceu a todos, não já? (Diguem que sim!)

Aconteceu-me uma coisa no Sábado que aposto que já aconteceu a todos. Saí de casa, como tantas vezes, para ir dar uma volta. Puxei a porta e, acto contínuo, bateu-me uma coisa bem fundo: MERDA! ESQUECI-ME DA CHAVE DO CARRO!... Logo seguido de um F*D*-S*! Com a chave do carro tenho a chave de casa!!!!!

Pensar rápido. Telefonar aos pais? Fora de questão, afinal queremos dar aquela imagem de pessoa responsável. Não podemos dar parte fraca. Vou telefonar ao meu irmão. Ele também tem a chave de casa. Pode ser que me safe:

- Tou! Olha, errr... pois. Tens a chave aqui de casa, não tens? É que fiquei trancado do lado de fora!
- Ehpá, tenho. Mas agora estou no porto!
-
- Mas olha, telefona lá para casa. Pode ser que lá esteja o André.

O André é meu sobrinho. E é também a pessoa mais irresponsável à face da terra. Pronto, ok, depois deste sábado é a segunda pessoa mais irresponsável. Logo a seguir a mim.

- Tou! Olha, errr... pois. Tens a chave aqui de casa, não tens? É que fiquei trancado do lado de fora!
-
-


Ao fim de meia hora de espera lá chegou o meu sobrinho. Com a chave e de ar triunfante. Escusado será dizer que no domingo de manhã os meus pais já sabiam da história. Sabiam os meus pais, o resto da família, os vizinhos. Só ainda não descobri como é que isto ainda não passou nas notícias na TV. Mas como sei que isso vai acontecer, mais cedo ou mais tarde, achei por bem ser eu a comunicar-vos isto. Em primeira mão.


Nota: A parte do "diguem que sim" do título foi uma pequena homenagem ao meu sobrinho. Vem duma inscrição que encontrei num caderno dele há largos anos. Ele vinha de viagem no carro dos pais e num outro carro atrás vinha um casal amigo. Deu-lhe a fome, que ele é rapaz de muito alimento. E como na altura ainda não tinha telemóvel resolveu comunicar como podia com os que vinham no outro carro. Assim, numa folha do caderno podia ler-se:
- Vocês têm fome?
Como a resposta não deve ter sido a esperada, ele insistiu e escreveu noutra folha:
- Fome?!
Ainda sem resposta e em desespero de causa escreveu em letras garrafais:
- DIGUEM QUE SIM!!

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