Poesia Hospitalar
Este poema é dedicado a uma amiga que me inspirou. Não preciso dizer o nome dela, pois ela sabe quem é.
Batem leve, levemente
Como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
*perdão*
Atenção, atenção!
Drª Maria Hortência
É chamada à urgência.
Que se passa?
É a D. Amália,
está com problemas na algália.
*perdão*
Só isso?
Não, claro que não. Há ainda a Menina Margarida.
Ah! A doente com Sida.
E também a Cristina, com escarlatina;
a Micaela, que tem varicela e a Edite, da hepatite.
*perdão*
Mais nada?
Já que fala nisso, a Sofia tem uma hemorragia. A Maria sofre de anemia. A Felisbela, tem uma doença fatela. A Andreia está com diarreia. A menina Rosa tem febre aftosa.
*perdão*
Por falar nisso, com está a Mónica?
Com febre bubónica.
*perdão*
Bem, vou andando.
Drª, Drª, antes de ir não se esqueça de ver a Teresa.
Mas que tem a Teresa?
Nada. Mas não comeu a sobremesa.
Se se estão a perguntar o porquê de tanto *perdão*, bem é simples: A Drª Maria Hortência sofre de flatulência.
Quero agradecer também a certo médico do Portugal Real (não gosta que lhe chamem médico do interior), que deu o mote para a elaboração de algumas das rimas.