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Pano do Pó

Para tirar as coisas a limpo,
mesmo nos cantos mais difíceis.


2004-04-17


 

17 de Abril

«Decorria o ano lectivo 1968/69. Portugal vivia um período tensão, submetido a um governo fascista, que ao longo dos anos cria um clima de tensão provocado pela Guerra Colonial, pela censura à impressa e aos meios culturais, e a perseguição a todos aqueles que se opunham ao regime.
Neste contexto social levanta-se a voz discordante dos estudantes do Ensino Superior e Coimbra é quem ergue a bandeira, defendendo a liberdade, a autonomia e a democratização do Ensino Superior.
A repressão era bem visível no contexto Universitário: a Associação Académica de Coimbra tinha à frente dos seus destinos uma Comissão Administrativa nomeada pelo Estado. Entre 1965 e 1968 não foi permitido aos estudantes a escolha dos seus corpos gerentes.
Em 1968, por iniciativa do Conselho de Republicas (CR) e de vários Dirigentes de Organismos Autónomos, foi criada uma Comissão de Pró-Eleições: o objectivo era de promover o Acto Eleitoral, sendo apenas possível após a recolha de 2500 assinaturas num abaixo assinado que foi entregue ao Reitor da Universidade de Coimbra, Andrade Gouveia.
Após vários recuos e avanços, as eleições realizam-se no final do mês de Fevereiro. Comparecem a este acto eleitoral duas listas: a do Conselho de Repúblicas (CR) e a do Movimento de Renovação e Reforma (MRR). O Conselho de Repúblicas ganha as eleições com cerca de 75% dos votos, avançando com uma linha crítica de contestação à Universidade e a todo o Regime em geral.
Um mês mais tarde a Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra eleita é convidada para a cerimónia de inauguração do edifício das Matemáticas da Faculdade de Ciências. A DG não só aceita o convite como afirma publicamente a intenção intervir na cerimónia proferindo algumas palavras de descontentamento sobre a situação do ensino da Universidade de Coimbra e no resto do país.»


O resto, é história e podem ler aqui

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