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Pano do Pó

Para tirar as coisas a limpo,
mesmo nos cantos mais difíceis.


2004-04-02


 

Dia Internacional dos contos Infantis
Medley

Era uma vez um rei que vivia muito feliz com a rainha num lindo castelo numa colina, num país longínquo. Eles eram muito felizes e todas as pessoas do seu reino viviam alegres e sem preocupações com o défice do orçamento real. Havia no entanto algo que manchava a felicidade deste reino perfeito: o rei e a rainha não conseguiam ter filhos. Um dia, enquanto viam as notícias na bola de cristal, viram uma bonita reportagem sobre a clonagem, apresentada pela princesa Dolly e nesse momento perceberam que aquela seria a saída para os seus problemas.

Falaram com o burro conselheiro e com o Shrek, um belo ogre verde, que lhes recomendaram o Gepetto, o maior especialista em reprodução assistida do reino. Da conversa com Gepetto, saíram os planos para aquele que haveria de ser o sucessor do trono.

O belo Pinóquio nasceu numa tarde de quarta feira., na parte de trás do Atelier de Gepetto. Foi um parto indolor, se não considerarmos que D. Urraca (assim se chamava a mãe de Pinóquio), picou o dedo numa roca e ficou adormecida até este acabar o liceu.

Certo dia, já o Pinóquio andava no segundo ciclo, foi com as sete amas levar uma cesta com bolos à avó que vivia na floresta. Enquanto caminhavam pela floresta, as pobres amas perderam-se do Pinóquio e acabaram sozinhas sem saber sair do denso matagal.

Em desespero, puseram-se a gritar em coro, mas cada uma na sua nota A Ana gritava em dó, a Bela em ré, a Carla em mi, a Diana em sol... por aí fora. Quando estavam quase afinadas, apareceu o Mogli, que lhes ofereceu ajuda. Assim, levou-as a uma bela casa no meio da floresta, onde as sete meninas tiveram que ficar a noite, dormindo na única cama disponível, mas que era de um tamanho descomunal.

Pela manhã, ouviram pesados passos que estremeciam toda a casa. Estavam bastante assustadas quando entrou o João do Pé de Feijão, que ficou boquiaberto ao deparar-se com sete belas mulheres deitadas no seu leito. Explicada a história, o João prontificou-se a ajudar as belas amas, a troco de benefícios fiscais para a sua mina de diamantes.

Assim, ainda a areia das ampulhetas não marcava 10 horas, já o João as tinha deixado à porta de casa da avó, onde se juntaram a um belo pequeno almoço com o Pinóquio. Mas este ficou fascinado com João Pé de Feijão e insistiu para que ele oa acompanhasse ao castelo.

João assim, fez. Foi com o príncipe e as amas até ao castelo, onde o rei leão os esperava ansioso. Quando os seus olhares se cruzaram, João sentiu-se estremecer. A visão do Rei Leão com a sua coroa e juba real a ondular ao vento da tarde, fizeram João repensar a sua vida. Os dias que se seguiram foram de uma felicidade que já não se vivia no castelo desde que D. Urraca se picara. O rei recupera a alegria de viver e percorria os corredores aos pulinhos. Organizaram-se pescarias, caçadas, saraus literários e um campeonato de Suecas. Mas na véspera de Natal tudo mudou de forma brusca. João confessou o seu amor ao Rei Leão e enquanto se abraçavam numa sofreguidão louca, o pai natal cai da chaminé esmagando João Pé de Feijão com o saco das prendas.

Foi ao som dos gritos lancinantes do Rei que a D. Urraca se levantou por fim. Ela acordou e escutou o choro do seu senhor, tendo interpretado isso como sendo o seu desgosto por ter a amada em sono profundo. Enternecida e comovida, subiu com ele ao quarto da torre norte e viveram felizes para sempre.

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