Puta feia não tem fim de semana
Foi esta a conclusão a que cheguei ontem apenas com base na observação atenta e diária. Todos os dias vou para Coimbra, todos os dias passo por quatro senhoras que ganham a vida alugando o corpo à beira da estrada, sendo que uma delas é uma matrona gorda, outra é seca e enrugada, outra é baixinha e desdentada e há uma quarta que não encaixa em nenhuma descrição depreciativa. Não por ser linda, apenas por ser normal e não uma daquelas figuras que nos fariam fugir a sete pés caso déssemos de caras com ela num beco escuro. Esta última até se desloca ao local de trabalho de carro o que leva a crer que o negócio deve correr melhor para ela do que para as parceiras de berma de estrada.
E então ía eu ontem a caminho de Coimbra e, no local do costume, apenas estavam presentes a senhora gorda, a senhora seca e a senhora que não tem dentes. A quarta, a não ser que estivesse de baixa médica, estaria a gozar o fim de semana. Só pode.
