2004-08-17
Onda verde
Não, este post não é sobre claques desportivas e muito menos sobre a triste campanha que o Sporting fez este fim de semana em terras galegas. Este post é sobre um insólito incidente ocorrido hoje na Praia de Mira. Estava eu a tentar gozar o pouco sol que o S. Pedro disponibilizou para o dia de hoje quando me apercebi dum intenso cheiro a combustível. Achei estranho, até porque estava numa zona algo isolada, por trás das dunas que ficam nas traseiras do Campismo. Levantei-me então para tentar localizar de onde vinha aquele cheiro que cada vez estava mais intenso. Foi então que me apercebi dum aglomerado de gente, em cima de um dos paredões. Empurrado pela curiosidade lusitana e a não menos lusitana preguiça mandei o meu pai ir lá ver o que se passava. Ele foi que é bem mandado, eu fiquei a preguiçar ao (pouco) sol. Passado um pouco ele regressou com informações algo inquietantes: Um surfista apercebeu-se de algo a flutuar ao largo. Algo que, disse ele, lhe pareceu a cabeça de alguém que poderia estar em dificuldades. Então ele foi até lá ver o que era. Foi aí que ele se apercebeu que o objecto que estava a flutuar não era um corpo mas sim um recipiente com qualquer coisa. Quando ele lhe tocou para ver do que se tratava, aquilo começou a verter uma substância verde e viscosa e afundou-se. Diz o meu pai que o rapaz estava coberto daquela nhanha dos pés à cabeça e que só se lhe viam os olhos e um pouco da cara que ele foi limpando à medida que estava a explicar o ocorrido à polícia marítima. O triste da história é que passados poucos minutos todos tinham desmobilizado, não foi tomada, que eu saiba, qualquer diligência para averiguar qual a substância que estava no recipiente. Mandaram o rapaz para casa e a polícia marítima disse aos banhistas que poderiam ir ao mar, que não havia perigo porque o mais certo era, por causa da corrente, o tal recipiente dar à costa mais a norte. Talvez na Costa Nova ou na Barra. O que eu sei dizer é que passado uma hora, mais ou menos, o aspecto da Praia de Mira era mais ou menos este: Quando vi isto fui falar com a senhora do bar, concessionária daquela zona da praia. Perguntar-lhe se ela tinha o contacto da polícia marítima ou se tinha forma de alertar as autoridades competentes. Primeiro não se mostrou muito abalada com a história. Só depois de muito insistir consegui fazer com que fizesse uns telefonemas. Mas como ela foi telefonar para as traseiras do café, não sei a quem ela ligou. |