Os incêndios no país do faz-de-contaCá em Coimbra, em duas das zonas urbanas ameaçadas por incêndios, quando os bombeiros chegaram e tentaram utilizar as bocas de incêndio existentes, verificaram que nenhuma funcionava.
Para além do ridículo de um equipamento básico de segurança não funcionar, condicionando assim uma estratégia de combate ao fogo baseada no pressuposto da sua disponibilidade, o que me deixa mais triste é a convicção de que estes gravíssimos incidentes vão passar em claro. Este é um equipamento público, pago pelo dinheiro de todos nós, que não cumpriu a sua missão quando foi necessário. O que eu temo que venha a acontecer é que o necessário inquérito de apuramento de responsabilidades (quem montou o equipamento? quem era responsável pela sua manutenção? quem não cumpriu com as suas obrigações?) nunca seja efectuado nem sequer o problema seja resolvido e que, se por alguma triste coincidência, essas zonas voltem a ser afectadas por algum incêndio, o mesmo ocorra porque neste país ninguém é responsável por nada nem tem o profissionalismo de resolver problemas e prever este tipo de situações, mesmo quando já estamos todos mais do que escaldados.
Deus queira que o futuro me desminta.