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Pano do Pó

Para tirar as coisas a limpo,
mesmo nos cantos mais difíceis.


2005-12-28


 

Avô "contigas"

Parece que há senhores que querem sentar-se no sofazinho de belém para nos "contar" histórias de encantar.
Pelo menos tudo leva a crer ser este o nosso destino quando certas e determinadas pessoas nos tentam convencer que, depois de meterem a foice em seara alheia, não "sugeriram" nada, apenas "contaram" histórias de sucesso de outros países.

Ora então, e para os mais desatentos (que eu sei que os há), aqui fica um pequeno excerto daquilo que o Avô contador de estórias contou aos meninos bem comportados deste país.
(Bem comportados porque, pelos vistos, quais carneirinhos, está tudo prontinho para depositar o voto na urna com a cruzinha à frente do nome deste senhor. Lindos meninos!...)
"Problema grave é o da deslocalização de empresas estrangeiras. Nessa matéria o presidente pode ajudar?
Há uma coisa que pode ser feita em Portugal, que eu sei que já foi feita noutros países. Podia existir um responsável do Governo que fizesse a lista de todas as empresas estrangeiras em Portugal e, de vez em quando, fosse falar com cada uma delas para tentar indagar sobre problemas com que se deparam e para antecipar algum desejo dessas empresas se irem embora, para assim o Governo tentar ajudá-las a inverter essas motivações. Tem que ser um acompanhamento com algum pormenor que deveria ser feito por um secretário de Estado, especialmente dedicado a essa tarefa.
Vai propor isso ao Governo?
Já o estou a propor aqui.
(JN)

Isto foi o que ele afirmou, de manhã, antes de ser criticado e ser ter apercebido que deu uma valente argolada. Depois tentou remediar com isto:
"Não sugeri a criação de um secretário de Estado nem defendi a criação de nenhuma Secretaria de Estado. Apenas contei histórias de sucesso que ocorreram noutros países"
(JN)

No fundo, o que o candidato Aníbal, o favorito, se limitou a fazer foi a
«contar que na Europa há uma preocupação em relação à deslocalização de empresas estrangeiras».

«Conheço países que têm um membro do Governo ou um director-geral que acompanha com uma certa regularidade a situação dessas empresas estrangeiras, mas longe de mim sugerir qualquer secretário de Estado, porque isso é uma competência exclusiva do primeiro-ministro», sublinhou.

Questionado pelos jornalistas sobre a proposta que assumiu ter feito na entrevista ao Governo, Cavaco insistiu que apenas «contou o que passa noutros países», revelando desconhecer o que o Governo está a fazer nesta matéria.
(TSF)

Na minha modesta opinião, senhor Aníbal, o grande favorito. Se conhece tão bem a realidade dos outros países que até nos vem contar histórias sobre o que por lá se passa e é assim tão desconhecedor do que o nosso governo por cá faz, porque é que não se candidata à presidência desses tais países?
Tenho até uma sugestão a fazer-lhe: o meu caro amigo chega lá, e começa a contar-lhes histórias sobre o nosso país. Pode ser que fazendo-os rir ganhe o respeito deles. É que aqui, nem consegue fazer rir, nem ganhar o respeito. Pelo menos não o meu.

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