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Pano do Pó

Para tirar as coisas a limpo,
mesmo nos cantos mais difíceis.


2006-01-17


 

E nem sou eu que o digo

"Fazendo uma volta pelas ruas de Lisboa, se vê confrontado com vários nomes nos cartazes: Mário, Francisco, Jerónimo, António, Manuel...e Cavaco. Se quatro candidatos se apresentam com frontalidade, utilizando seu nome, por quê é que o outro tenta se esconder atrás de um sobrenome supostamente composto por duas palavras, quando seu nome de família é Silva e o nome dado - Aníbal?

(...)

Primeiro de tudo, há que admitir que o candidato Aníbal Silva é admiravelmente melhor preparado para a presidência comparado com aquela triste figura de 1995, derrotado por Jorge Sampaio, que demorou horas a sair do seu gabinete e cumprimentar o vencedor, tal como na altura da primeira guerra do Golfo, quando se refugiu num bunker nas entranhas da terra debaixo de Lisboa, pronto para o Armageddon. Só faltava perguntar ao Saddam se era zangado com Portugal também.

Aníbal Silva com certeza já saberá quantos cânticos têm os Lusíadas, já saberá comer em público, já saberá começar com os talheres de fora e acabar a refeição com os de dentro. Esperemos que saiba já dizer algo quando vai a uma reunião, pois ser presidente tem tudo a ver com isso e esperemos que saiba desenhar a bandeira de Portugal, seu país.

(...)
É o caso de uma absurda candidatura de um homem que tem medo de falar e espera passar o teste por não fazer erros.

Por isso evidentemente que alguém tem de falar de Aníbal Silva para que o eleitorado saiba quem é e o que representa. Para saber isso, basta falar com qualquer pessoa com memória activa que tenha tido a sua vida atingida pela mancha de Cavaquismo entre 1985 e 1995.

Aníbal Silva era então Primeiro Ministro, depois de ter sido antes Ministro das Finanças (mas teima em dizer que não é político, esse que anda na vida política em Portugal há quase trinta anos, então é o quê?) e durante esse período deu umas provas claras sobre quem é.

É um mito que Aníbal Silva é um economista competente. É medíocre. Foi primeiro ministro numa altura em que o dinheiro jorrava pelas fronteiras dentro e na época imediatamente após a adesão de Portugal à Comunidade Europeia. Preparou o país para esse desafio? Não, não foi capaz. Os males económicos de Portugal têm seu raiz nos anos em que Aníbal Silva dirigia a economia portuguesa.

(...)

É um mito que Aníbal Silva sabe dirigir equipas e que está a vontade entre as pessoas. Até a imprensa estrangeira na altura em que era primeiro ministro o descrevia como “ríspido” e “espinhoso”

(...)

E mais uma coisa. Quem começou a mania dos primeiros ministros fugirem do seu lugar foi ele. "
Uma coisa é certa, se o homem está a conseguir enganar os portugueses, parece não estar a conseguir enganar a imprensa estrangeira. Pelo menos não esta.

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